Copenhague: acordo não-vinculante é considerado insuficiente


A 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas pela Mudança Climática, mais conhecida como COP15, foi encerrada em Copenhague com um resultado considerado insuficiente pela maioria das organizações não-governamentais e pela imprensa especializada.   

Depois de duas semanas de duras negociações entre países ricos e em desenvolvimento, o chamado Acordo de Copenhague, não-vinculante, foi aprovado por 30 países, incluindo grandes poluidores, como China e Estados Unidos, mas passou longe da unanimidade. Ele reconhece que se deve limitar o aumento da temperatura a até 2 graus centígrados, mas não estabeleceu metas de cortes de emissões de gases do efeito estufa. 
 
A ONG Amigos da Terra (Friends of the Earth) criticou duramente o acordo e a atuação dos os Estados Unidos durante a conferência. 

Foto: Cop15.dk 

Apesar da decepção com as limitações do acordo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou em entrevista à CNN: "Fechamos um acordo, e é um acordo real. O Acordo de Copenhague não é inteiramente como as pessoas esperavam, mas representa um começo essencial".  

Yvo de Boer, chefe de negociações da COP, não se mostrou tão otimista como Ki-moon, e afirmou à New Scientist que o acordo deveria ter sido aprimorado.
 
Segundo The Guardian, o acordo preserva o Protocolo de Kyoto (que correu o risco de ser anulado durante a conferência) e assegura o fornecimento de recursos para ajudar as nações em desenvolvimento a enfrentar o processo de adaptação: 30 bilhões de dólares de 2010 a 2012, e quase 100 bilhões de dólares até 2020. No entanto, a origem dos recursos não foi estabelecida em detalhes.  

O documento não determina a questão mais crucial - metas específicas de cortes de emissões - e tampouco prazos para defini-las. O líder das negociações do grupo de 130 países em desenvolvimento, Lumumba Di-Aping, comparou a proposta ao holocausto (e foi criticado por líderes de vários países). 
 
Questões como o manejo de florestas, transmissão de tecnologia, financiamento e cortes de emissões deverão ser negociadas em 2010.

Todas as atenções agora se voltam para o México, que será sede da próxima conferência das partes e deverá liderar as negociações para se chegar a um acordo vinculante no ano que vem.
fonte:http://www.typepad.com/services/trackback/6a010535f2ca28970c0120a76e377e970b

Reunião pra cá...reunião pra lá...mas, afinal...o que fez a Copenhague ??


Os grandes temas ambientais de 2010

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Foto: ONU

O World Resources Institute é um prestigiado “think tank” que promove pesquisas sobre formas práticas de proteger a Terra e melhorar a qualidade de vida da população. Todos os anos, ele apresenta uma série de temas ligados ao meio ambiente que terão repercussão no período que se inicia.

Há alguns dias, a instituição apresentou os grandes temas ambientais para 2010, confira. 

Copenhague não selou um novo acordo, mas apresentou uma mudança nas esferas do pode.

-Repercussões da COP15 e equilíbrio de poder. A cúpula de Copenhague foi um fracasso no tocante à criação de um novo acordo climático, mas representou uma mudança de protagonismo dos países em vias de desenvolvimento e das nações desenvolvidas. Países como Brasil, México, Indonésia, África do Sul, China e Índia apresentaram surpreendentes metas de cortes de emissões. Além disso, o acordo não foi endossada pelas nações europeias, mas por quatro países em desenvolvimento e os Estados Unidos. Agora, o WRI passou a chamar os Estados Unidos, China, India, Brasil e África do Sul de "o novo C5", um grupo de nações que representa mais da metade da população mundial e das emissões do mundo. Este novo equilíbrio de poder é um dos temas a ser acompanhado este ano.  

-Metas ambientais da China. Se o país continuar  a promover a compra de energias renováveis entre as empresas e substituir antigas fábricas poluidoras por versões mais eficientes, demonstrará seu compromisso em reduzir a poluição e cortar emissões, aumentado sua credibilidade junto à comunidade internacional.  

-Desmatamento. O desmatamento e o reflorestamento serão temas cruciais em 2010. Apesar das discussões e esforços se concentrarem em evitar o desmatamento de regiões como Amazônia, partes das Indonésia e do Congo, a recuperação de áreas degradadas aparece como uma interessante alternativa para reduzir emissões e também para reativar economias locais em países em desenvolvimento. 

 -Política climática dos Estados Unidos. Como o país é um dos maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo, as atenções estarão voltadas para a possível votação de uma lei climática em 2010. Recentemente, a Agência de Proteção Ambiental reconheceu que os gases do efeito estufa são prejudiciais à saúde. 

 Estes temas estarão em alta até a nova cúpula climática que o México sediará no final do ano. Mas no começo de janeiro, já podemos vislumbrar um ano bastante movimentado na esfera ambiental.  

Fonte: WRI.org

Curioso: Spam emite a mesma quantidade de CO2 que 2,4 milhões de casas


Segundo um estudo da empresa McAfee (http://www.mcafee.com/es/), os e-mails não solicitados que perturbam tantos usuários no mundo não apenas incomodam, mas também geram um enorme dispêndio de energia, e consequentemente, mais emissões de carbono.
Anualmente, estima-se que a energia utilizada para produzir, enviar e apagar spams chega a 33 bilhões de quilowats/hora, a mesma energia consumida por 2,4 milhões de residências nos Estados Unidos. Isso gera emissões de gases-estufa equivalentes às produzidas por 3,1 milhões de automóveis.
O mesmo estudo assegura que os filtros de spam economizam aproximadamente 135 terawatts/hora de energia por ano (ou seja, se não existissem os filtros, o problema seria ainda maior). Apesar disso, combater o spam na fonte é mais eficaz, já que anualmente o manejo de spam exige um quinto da energia consumida por uma empresa de médio porte.
A ICF International, a empresa que encomendou o estudo, calcula que a média de emissões associadas a uma mensagem de  spam é de 0,3 gramas de dióxido de carbono.
Finalmente, grande parte do consumo de energia associado ao spam é gerado pelos receptores ao precisar apagar estas mensagens e procurar e-mails que foram filtrados por erro na pasta de lixo eletrônico. Isso representa 52% do “consumo-spam”.
Com este estudo, a McAfee espera manter em evidência o impacto do spam sobre o planeta, ajudando os encarregados de tomar decisões a enfrentar o problema com mais dados e informações.
Uma das soluções é instalar filtros melhores para tentar reduzir o tempo de gerenciamento do lixo eletrônico. Se todas as caixas de e-mail estivessem protegidas por um filtro, o desperdício de energia poderia ser reduzido em 75% Desta forma, também podemos reduzir uma parte das nossas “pegadas de carbono”.
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Novo tipo de nuvem encanta e intriga cientistas


Gavin Pretor-Pinney, cientista fundador da Cloud Appreciation Society, da Inglaterra, busca reconhecimento internacional para um novo tipo de formação de nuvens.
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Elas têm cores e contornos  extraordinários e foram observadas diferentes locais do Reino Unido, Nova Zelândia e Estados Unidos.
 As fotos dessas maravilhas rodaram o mundo recentemente pela internet, mas ainda há um longo caminho até que a descoberta seja oficializada. A tarefa não é fácil: desde os anos 50  uma nova constituição de nuvem não entra no catálogo internacional.
A possível classificação foi atestada pela instituição, que recebe fotos de membros do mundo todo.
Nube-asperatus-ken-priorMuitas destas imagens, porém, vindas principalmente da Grã-Bretanha, não se enquadram nas categorias já existentes. Foi por isso que se começou a pensar em classificá-las em uma nova categoria.
 
A Royal Meteorological Society de Reading, Inglaterra, está avaliando quando e onde as nuvens apareceram, para entender como e por que se formam.
Elas são parecidas às nuvens de temporal, mas não chegam a irromper em tempestade. Suas formas e cores indicam que altas temperaturas estariam envolvidas em sua formação.
Nube-asperatus-jane-wigginsPara que seja reconhecida, uma solicitação deverá ser apresentada à Organização Meteorológica Mundial da ONU (Organização das Nações Unidas), que, se aprovar, incluirá a nova formação no Atlas Internacional de Nuvens.
Espetáculo no céu
Existem três grupos principais de nuvens: cumulus, cirros e stratus, que por sua vez têm subdivisões e classificações.
Cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica de Boulder, Colorado, EUA; garantem que estas nuvens seriam do grupo cumulus.
A Cloud Appreciation Society, no entanto, indica que as formações merecem uma subclassificação própria, e sugere que sejam chamadas de altocumulus undulatus asperatus.
A Royal Meteorological Society apoia a  possibilidade: "Quando achamos que já havíamos visto tudo, surgem coisas novas e surpreendentes. A descoberta é interessante o bastante para nos aprofundarmos, estamos otimistas" disse Paul Hardaker, chefe da instituição, à agência de notícias Associated Press.
Se o reconhecimento vier de fato, seria algo inédito para a ciência e a meteorologia.
E se descobrissem que a formação destas nuvens está relacionada a questões ambientais ou climáticas, a questão mudaria para o âmbito da Ecologia?
Ainda é cedo para conclusões: estima-se que a pesquisa demore de dois a três anos. 
À margem da novidade, as fotografias que registram o assunto são tão belas e surpreendentes que valem ser contempladas.

No Ano Internacional da Biodiversidade, o foco também está em reverdecer as cidades




2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade, e além de ações para conservar florestas, também estão em foco projetos para ampliar as áreas verdes em várias cidades do mundo. 

Segundo Sci.Dev, as cidades de Curitiba (Brasil), Nagoya (Japão), Montreal e Edmonton (Canadá), Joondalup (Austrália) e Bruxelas (Bélgica) podem se tornar exemplos de conservação e promoção de espaços verdes dentro de seus territórios.  

Estas cidades integram um plano de ação que pretende reduzir a perda da biodiversidade, com a expansão de parques, corredores verdes, plantação de árvores e o envolvimento dos cidadãos na educação ambiental.  

O plano foi aprovado durante a 2ª Reunião de Curitiba sobre Cidades e Biodiversidade, evento organizado pela ONU de 6 a 9 de janeiro na capital paranaense , e será apresentado na Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica da ONU (COP10) em outubro, no Japão.  

Os resultados das ações implementadas nas cidades participantes serão medidos por um Índice de Biodiversidade Urbana, que avaliará aspectos como a proporção de áreas verdes e o orçamento destinado a projetos de biodiversidade. 

 Por que um plano com estas características é importante? Simples: os espaços verdes melhoram a qualidade do ar dos centros urbanos, amenizam o impacto das emissões de carbono, promovem uma melhor qualidade de vida e podem até promover o cultivo local de alimentos.  

Como o crescimento das cidades está provocando a perda de espaços verdes, é preciso promover um modelo que não atente contra a biodiversidade. Além de a grande maioria da população mundial viver em áreas urbanas, espera-se que dois terços dos habitantes do planeta morem em cidades até 2050 – o que torna esta iniciativa ainda mais vital.

Fonte:http://blogs.discoverybrasil.com/descubra-o-verde