Doação de sangue - Resumo


Grupos sanguíneos compatíveis

Obs.: Sangue negativo só recebe negativo.
Sangue Tipo:Recebe Tipo:
A+A+ ou A- ou O-
A-A- ou O-
B+B+ ou B- ou O-
B-B- ou O-
AB+AB+ ou AB- ou O-
AB-AB- ou O-
O+O+ ou O-
O-O-

Condições mínimas para doar sangue

  • Idade entre 18 e 60 anos;
  • Peso acima de 50 kg;
  • Nunca ter contraído doenças contagiosas ou de risco. Exemplos comuns: Malária, Sífilis, Hepatite, doença de Chagas, Diabete, AIDS, doença cardíaca, Convulsões, Hipertensão Arterial grave, Câncer, Colagenosa e Lepra;
  • Não ter tido gripe e febre nos últimos 7 dias;
  • Não ser gestante;
  • Não ter recebido transfusão nos últimos 10 anos;
  • Não ter realizado cirurgia nos últimos meses;

Prazo de doações

  • Homens podem doar sangue a cada 60 dias;
  • Mulheres a cada 90 dias.

Ao doar sangue...

  • De manhã, tomar café normalmente.
  • À tarde, almoçar evitando alimentos gordurosos e comparecer 3 horas após a refeição;


Links

Cadastros e maiores informações sobre doação de sangue no site abaixo:
www.hemopa.pa.gov.br/

As hemorragias - O que fazer?

As hemorragias

O controle da hemorragia deve ser feito imediatamente, pois uma hemorragia abundante e não controlada pode causar morte em 3 a 5 minutos.
  • A hemorragia externa é a perda de sangue ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria). Quando uma artéria é atingida, o perigo é maior. Nesse caso, o sangue é vermelho vivo e sai em jatos rápidos e fortes.
  • Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro, e sai de forma lenta e contínua.
  • A hemorragia interna é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.

Sangramentos externos - o que fazer

  • Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração.
  • Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos.
  • Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos.
  • Observação: Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada.

O que não deve fazer

  • Não deve tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos;
  • Não deve aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto.

Sangramentos internos - como verificar o que fazer

  • Acidentes graves, sobretudo com a presença de fraturas podem causar sangramentos internos.
  • A hemorragia interna pode levar rapidamente ao estado de choque e, por isso, a situação deve ser acompanhada e controlada com muita atenção para os sinais externos: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea, sede, tontura e inconsciência.
  • Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertores.
  • Peça auxílio médico imediato.

Sangramentos nasais - o que fazer

  • Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja engolido, provocando náuseas.
  • Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local.
  • Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz.
  • Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.

Torniquetes - o que fazer

O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não há a parada do sangramento. Veja como:
  • Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um nó simples.
  • Em seguida, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido.
  • Marque o horário em que foi aplicado o torniquete.
  • Procure socorro médico imediato.
  • Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado.

Glóbulos vermelhos

Os glóbulos vermelhos são corpúsculos vermelhos do sangue. Um milímetro cúbico do sangue contém cerca de cinco milhões de corpúsculos ou glóbulos vermelhos, chamados também de eritrócitos ou hemácias. Uma variação de 4 a 6 milhões é considerada normal e uma de 8 milhões pode ser encontrada em indivíduos que vivem em regiões de grande altitude. Esse número pode ser menor que 1 milhão em caso de anemia grave. Os glóbulos vermelhos contem hemoglobina.
Veja abaixo um esquema geral das principais alterações morfo-fisiológicas dos eritrócitos:

Eritrócitos Normais

A imagem abaixo mostra um esfregaço de sangue em lâmina de vidro observado em microscópio sob objetiva de imersão a óleo. Observa-se eritrócitos (hemácias) normocrômicas indicando boa saturação de hemoglobina. No centro, observamos um neutrófilo segmentado. As estruturas menores, densas, são as plaquetas.
Hemácias normais com um neutrófilo no centro e plaquetas (pequenas) espalhadas.
Através do exame do esfregaço sanguíneo em lâmina de vidro observado em microscópio sob objetiva de imersão a óleo, podemos observar alterações de forma e tamanho, importantes para caracterizar desde deficiências, como a hipocromia e microcitose da anemia carencial, como a macrocitose da carência da vitamina B12 e do acido fólico, como a esferocitose, eliptocitose e drepanocitose das anemias congênitas.

Drepanocitose

Bastante comum no Brasil devido a alta prevalência na raça negra, a Anemia Falciforme é caracterizada pela existência de hemácias falciformes (em forma de foice) ou drepanócito.
Drepanocitose - hemácias em forma de foice.

Esferocitose e Eliptocitose

A esferocitose congênita é caracterizada por um esfregaço em que as hemácias são pequenas e redondas: esferócitos, ocorrendo na anemia hemolítica por exemplo. Neste esfregaço ainda observamos um linfócito normal.
Na eliptocitose as hemácias são alongadas ou ovais, ocorrendo em diversas formas de anemia e anomalias.

Esferocitose

Esferocitose - hemácias pequenas e diminuídas translúcidas.

Eliptocitose

Eliptocitose ou ovalocitose.







Hipocromia e Microcitose

A imagem mostra uma intensa hipocromia caracterizada pelo descoramento das hemácias que se apresentam com o centro pálido. A microcitose (hemácias de tamanho pequeno), e a acentuada anisocitose (variação muito grande no tamanho das hemácias) e poiquilocitose (variação quanto a forma), caracterizam uma grave anemia por deficiência de ferro.
Hipocromia, anisocitose e poiquilocitose.

Composição do sangue

O sangue é formado por um líquido amarelado denominado plasma, no qual se encontram em suspensão milhões de células.
Entre as proteínas plasmáticas, encontram-se a albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; o fibrinogênio e a protombina, que participam na coagulação; e as globulinas, incluindo os anticorpos, proporcionam imunidade face a muitas doenças.
Uma grande parte do plasma (95%) é composta pela água, meio que facilita a circulação de muitos fatores indispensáveis que formam o sangue.
Vaso sanguíneo.
O nível de sal no plasma é semelhante ao nível de sal na água do mar.
Na figura acima, pode-se observar um vaso sanguíneo (cortado ao meio), onde aparecem os elementos figurados (plaquetas, glóbulos vermelhos e brancos), suspensos sobre o plasma sanguíneo.

Elementos Figurados



  • Glóbulos vermelhos

  • Glóbulos brancos

  • Plaquetas



  • Sangue

    Definição de Sangue

    sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em uma pessoa normal sadia, cerca de 45% do volume de seu sangue são células (a maioria de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).
    O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
    Este movimento circulatório do sangue ocorre devido à atividade coordenada do coração, pulmões e das paredes dos vasos sanguíneos. O sangue transporta ainda muitos sais e substâncias orgânicas dissolvidas.
    No interior de muitos ossos, há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.

    Respiração

    Respiração.

    Plaquetas

    As plaquetas são pequenas massas protoplásticas anucleares, que aderem à superfície interna da parede dos vasos sanguíneos no lugar de uma lesão e fecham o defeito da parede vascular. Tem cerca de 200.000 a 300.000 plaquetas, denominadas trombócitos, no sangue.

    Glóbulos Brancos

    No sangue, temos de 5.000 a 10.000 corpúsculos ou glóbulos brancos(células brancas do sangue), que recebem o nome de leucócitos. De 4.000 a 11.000 glóbulos brancos por mm3. São de vários tipos principais:
    • Neutrófilos - Que fagocitam e destroem bactérias;
    • Eosinófilos - Que aumentam seu número e se ativam na presença de certas infecções e alergias;
    • Basófilos - Que segregam substâncias como a heparina, de propriedades anticoagulantes, e a histamina;
    • Linfócitos - Que desempenham um papel importante na produção de anticorpos e na imunidade celular;
    • Monócitos - Que digerem substâncias estranhas não bacterianas.

    Doenças Sanguíneas

    As doenças do sangue resultam mudanças anormais em sua composição. A redução anômala do conteúdo de hemoglobina ou do número de glóbulos vermelhos é conhecida como anemia. A formação de hemoglobina anômala é característica da anemia falciforme e da talassemia. A leucemia é acompanhada por uma proliferação desordenada de leucócitos.
    A deficiência de qualquer dos fatores necessários à coagulação do sangue provoca hemorragias. Diversas doenças hemorrágicas, como a hemofilia, são hereditárias.

    Anemia

    Introdução

    "Anemia", palavra que do grego significa "privação de sangue". É caracterizada por uma diminuição da quantidade total do número de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina do sangue (concentração de hemoglobina inferior a 0,13g/ml no homem e a 0,12g/ml na mulher).

    Hemoglobina

    A hemoglobina é constituída por um pigmento vermelho chamado heme, que dá a cor vermelha característica do sangue. É um pigmento especial predominante no sangue, cuja função é transportar o oxigênio. Transporta o oxigênio dos pulmões até os tecidos do corpo. Depois, inverte sua função e recolhe o dióxido de carbono, transportando-o até os pulmões para ser expirado.
    A deficiência de hemoglobina provoca a anemia. As alterações da estrutura da hemoglobina podem causar a anemia falciforme.

    Anemia das células falciformes

    A anemia falciforme é um processo hereditário em que a hemoglobina apresenta-se alterada. Conhecida também como anemia drepanocítica, é causada pela existência de hemoglobina anômala ou hemoglobina S, que muda de forma quando a quantidade de oxigênio no sangue se reduz por qualquer motivo. As hemácias que contêm a hemoglobina também mudam, adotando a forma de foice (falciforme).

    Hemácias Falciforme

    Outros tipos de anemia
    Pode-se verificar a anemia em diversos casos patológicos: hemólise, doenças malignas, saturnismo, talassemia, hemorragia, deficiência de vitamina B12, deficiência de ferro, afecções inflamatórias crônicas, etc.
    A mais comum é a anemia ferropênica provocada por um déficit de ferro, elemento essencial para a fabricação de glóbulos vermelhos. A anemia perniciosa é provocada por um déficit de vitamina B12, fundamental para a produção de hemácias.

    Análise de sangue

    Através da análise de sangue, verifica-se a definição das diferentes formas de anemia e determina a sua causa. Destinguem-se:
    • Segundo o volume globular médio (hemácias), as anemias microcíticas, normocíticas, macrocíticas e megalocíticas;
    • Segundo a concentração corpuscular média de hemoglobina (cromia), anemias hipocrônicas ou normocrônicas;
    • Segundo a concentração sérica de ferro e de siderofilina, as anemias hipo, normo ou hipersiderêmicas com siderofilina baixa, normal ou aumentada;
    • Segundo o aspecto da medula óssea, as formas megaloblásticas;
    • Número de reticulócitos do sangue circulante, as anemias arregenerativas ou regenerativas;
    • Localização do fator responsável pela hemólise, as anemias hemolíticas corpusculares ou extracorpusculares.

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    Composição do Sangue
    Glóbulos Vermelhos
    Sistema Circulatório
    Sangramento
    Tipos Sanguíneos / Doação de sangue



    Sistema Circulatório

    Funcionamento do Sistema Circulatório

    Em anatomia e fisiologia, o sistema circulatório é percorrido pelo sangue através das artérias, dos capilares e das veias. Este trajeto começa e termina no coração. O aparelho circulatório é responsável pelo fornecimento de oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios aos tecidos; além disso, também exerce a função de transportar os produtos finais do metabolismo (excretas como CO2 e uréia) até os órgãos responsáveis por sua eliminação.
    circulação inicia-se no princípio da vida fetal. Calcula-se que uma porção determinada de sangue complete seu trajeto em um período aproximado de um minuto.

    Vasos sanguíneos

    Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula. Há três tipos principais: as artérias, que levam sangue do coração ao corpo; as veias, que o reconduzem ao coração; e os capilares, que ligam artérias e veias. Num circulo completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao corpo; depois rumo aos pulmões.

    Coração (o centro funcional)

    O aparelho circulatório é formado por um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração. O coração bombeia sangue para todo o corpo através de uma rede de vasos. O sangue transporta oxigênio e substâncias essenciais para todos os tecidos e remove produtos residuais desses tecidos.
    (Clique na imagem para ampliar)
    O coração é formado por quatro cavidades; as aurículas direita e esquerda e os ventrículos direito e esquerdo. O lado direito do coração bombeia sangue carente de oxigênio, procedente dos tecidos, para os pulmões, onde este é oxigenado. O lado esquerdo do coração recebe o sangue oxigenado dos pulmões, impulsionando-os, através das artérias, para todos os tecidos do organismo.

    Circulação pulmonar

    O sangue procedente de todo o organismo chega à aurícula direita através de duas veias principais; a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue através de um orifício até o ventrículo direito. A contração deste ventrículo conduz o sangue para os pulmões, onde é oxigenado. Depois, ele regressa ao coração na aurícula esquerda. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e dali, para a aorta, graças à contração ventricular.

    Sistema Circulatório

    Ramificações

    As artérias menores dividem-se em uma fina rede de vasos ainda menores, os chamados capilares. Deste modo, o sangue entra em contato estreito com os líquidos e os tecidos do organismo. Nos vasos capilares, o sangue desempenha três funções; libera o oxigênio para os tecidos, proporciona os nutrientes às células do organismo, e capta os produtos residuais dos tecidos. Depois, os capilares se unem para formar veias pequenas. Por sua vez, as veias se unem para formar veias maiores, até que por último, o sangue se reúne na veia cava superior e inferior e conflui para o coração, completando o circuito.

    Circulação portal

    A circulação portal é um sistema auxiliar do sistema nervoso. Um certo volume de sangue procedente do intestino é transportado para o fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue, incorporando-o à circulação geral até a aurícula direita.





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    Sangue



    Pele

    Introdução

    pele é nosso maior órgão sensorial. Ela recebe, a todo instante, diversos tipos de estímulos que são enviados ao encéfalo. Há uma grande área do córtex cerebral responsável pela coordenação das funções sensoriais da pele, em particular das mãos e dos lábios. Muitos dos receptores sensoriais da pele são terminações nervosas livres. Algumas delas detectam dor, outras detectam frio e outras, calor.

    Pele

    Pele.

    Principais receptores sensoriais

    • Corpúsculo de Meissner - Tato (presentes nas regiões mais sensíveis da pele)
    • Corpúsculo de Pacini - Pressão forte
    • Corpúsculo de Krause - Frio
    • Corpúsculo de Ruffini - Calor
    • Terminações nervosas livres - Dor
    Curiosidades sobre a pele: O suor não tem odor. São as bactérias da pele que criam o cheiro.

    Leia também:

    Visão

    Introdução

    Os olhos são bolsas membranosas cheias de líquido, embutidas em cavidades ósseas do crânio, as órbitas oculares. À eles estão associadas estruturas acessórias: pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva, músculos e aparelho lacrimal.
    Cada olho gira suavemente dentro de sua órbita. Essa movimentação é controlada por três pares de músculos, que mantém preso o globo ocular. O movimento do olho é limitado pelo nervo óptico, um feixe de fibras nervosas que parte do interior do globo ocular em direção ao encéfalo, passando por uma abertura óssea do fundo da órbita ocular.
    O bom funcionamento do olho é garantido pela contínua secreção do líquido lacrimal pela glândula lacrimal, juntamente com os canalículos lacrimais, o saco lacrimal e o ducto nasolacrimal, que fazem parte do aparelho lacrimal.
    Olhos.
    As lágrimas produzidas pelas glândulas lacrimais espalham-se através dos ductos, sobre a superfície conjuntiva da córnea. Através dos pontos lacrimais, a lágrima penetra nos canalículos lacrimais que a transportam ao saco lacrimal e daí para o canal nasolacrimal.

    Túnicas ou membranas do olho

    O globo ocular compõe-se de três túnicas:
    1. Uma túnica fibrosa externa, esclera (posteriormente), de cor branca, constituída por um tecido conjuntivo resistente que mantém a forma do globo ocular e de córnea (anteriormente), camada que permite a passagem de luz.
    2. Uma túnica intermédia vascular pigmentada, compreendendo a coróide (onde localiza-se os vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam as células do olho), o corpo ciliar e a íris (disco colorido do olho - no centro da íris há um orifício de tamanho regulável - a pupila - que ajusta seu tamanho de modo a regular a quantidade de luz que entra no olho).
    3. Uma túnica interna nervosa, a retina (responsável pela visão das cores), e bastonetes (responsável pela visão do branco e preto). A retina do olho humano contém cerca de 6 milhões de cones e 125 milhões de bastonetes.

    Meios transparentes do olho

    • Córnea: porção transparente da túnica externa - é circular no seu contorno e de espessura uniforme em toda a extensão.
    • Humor aquoso: preenche as câmaras anterior e posterior do olho - compõe-se principalmente de água.
    • Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente.
    • Corpo vítreo: preenche a concavidade da porção óptica da retina - é semigelatinoso e escavado anteriormente para alojar o cristalino.

    Trajeto dos raios luminosos

    Os raios luminosos atravessam as córneas e o humor aquoso; passam pela pupila, atravessam o cristalino e o corpo vítreo; chegam à retina, onde estimulamos cones e bastonetes. Nesse ponto, a energia luminosa é transformada em impulsos nervosos, por meio de um mecanismo químico. Esses impulsos nervosos, por sua vez, penetram nos neurônios da retina, que os conduzem, através do nervo óptico, aos centros de visão do cérebro.

    Mecanismo de acomodação do cristalino

    Devido à sua elasticidade, o cristalino pode modificar sua forma para fazer com que os raios luminosos, provenientes de objetos próximos ou distantes, incidam na retina.

    Defeitos da Visão - Miopia e Hipermetropia

    Defeitos da visão

    • O daltonismo, ou cegueira para cores, é atribuído a um defeito congênito da retina e de outras partes nervosas do trato ótico.
    • O astigmatismo resulta da deformação da córnea ou da alteração da curvatura da lente ocular, o que provoca uma visão distorcida.
    • A miopia e a hipermetropia são causadas por uma falta de simetria na forma de globo ocular.
    • A presbiopia deve-se à perda da elasticidade dos tecidos oculares com a idade.

    Leia também:

    Audição

    Introdução

    As estruturas responsáveis pela audição são o ouvido externo, o ouvido médio e a cóclea. Os canais semicirculares, o sáculo e o utrículo são responsáveis pelo equilíbrio.
    O ouvido externo é um canal que se abre para um meio exterior na orelha, que é uma projeção da pele de tecido cartilaginoso. O epitélio que reveste o canal auditivo externo é rico em células secretadoras de cera, que retém partículas de poeira e microorganismos. O ouvido médio, separado do ouvido externo pelo tímpano, é um canal estreito e cheio de ar. Em seu interior, existem três pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo), alinhados do tímpano ao ouvido interno.
    O ouvido médio possui uma comunicação com a garganta através de um canal flexível (a Trompa de Eustáquio), que equilibra as pressões do ouvido e do meio externo. A cóclea é a parte do ouvido interno responsável pela audição. É um longo tubo cônico, enrolado como a concha de um caracol. No interior da cóclea há uma estrutura complexa (órgão de Corti), responsável pela captação dos estímulos produzidos pelas ondas sonoras, localizada na parede externa da cóclea (membrana basiliar).
    Ouvido.

    Como ouvimos os sons

    orelha capta os sons e os direciona para o canal auditivo, que faz vibrar e é transmitida ao tímpano. A membrana timpânica vibra, movendo o osso martelo, que faz vibrar o osso bigorna que, por sua vez, faz vibrar o osso estribo, onde sua base se conecta a uma região da membrana da cóclea (a janela oval), que faz vibrar, comunicando a vibração ao líquido coclear. O movimento desse líquido faz vibrar a membrana basiliar e as células sensoriais. Os pêlos dessas células, ao encostar na membrana tectórica, geram impulsos nervosos que são transmitidos pelo nervo auditivo ao centro de audição do córtex cerebral.
    Curiosidade: De todos os órgãos dos sentidos, a audição é o único que permanece em alerta 24 horas do dia.


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    Olfato

    Olfato.O sentido de olfato é produzido pela estimulação do epitélio olfativo, localizado no teto das cavidades nasais. O olfato humano é pouco desenvolvido em relação ao de outros mamíferos. O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais; um cachorro, tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada uma com pelo menos 100 pêlos sensoriais.
    O epitélio olfativo é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimulá-lo, produzindo a sensação de odor.
    O sistema olfativo é capaz de detectar um odor de cada vez, sendo que um odor pode ser a combinação de vários odores diferentes. Em situações nas quais existem vários odores no ar, o odor mais intenso será o dominante, ou no caso de odores da mesma intensidade, a sensação oscilara entre os odores sentidos.
    Outra curiosidade sobre o olfato é sua capacidade adaptativa. Ao sermos expostos a um forte odor, a sensação olfativa que a princípio é intensa, após alguns minutos, torna-se imperceptível.
    Além disso, o olfato está relacionado às emoções e ao paladar. Pessoas que perdem o olfato (por traumas, por exemplo), sofrem uma diminuição na intensidade das sensações antes agradáveis, como comer, ou fazer sexo. Em algumas a diminuição de intensidade afeta todas as experiências de cunho emocional.
    Em relação ao paladar, as moleculas aromáticas liberadas pelos alimentos que ingerimos atingem as células olfatórias, fazendo com que o gosto dos alimentos sejam uma combinação entre sabores e aromas. Um aroma de um alimento aprazivel, além de estimular as células olfatórias, estimula também o paladar, liberando uma maior quantidade de saliva, inclusive.


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    Paladar

    Os receptores de paladar estão localizados na língua, agrupados em pequenas saliências chamadas papilas gustativas (cerca de 10.000), visíveis com lente de aumento. Existem quatro tipos de receptores gustativos, capazes de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo. Esses receptores estão localizados em diferentes regiões da língua. 
    O sabor dos alimentos não é produzido apenas pela estimulação das células gustativas, mas também pelas células olfativas. É por isso que quando o sentido do olfato é prejudicado por um forte resfriado, por exemplo, a percepção do paladar diminui.

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    Sistema sensorial

    Introdução

    As terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. Esses órgãos tem a capacidade de transformar os diversos estímulos do ambiente em impulsos nervosos. Estes são transmitidos ao sistema nervoso central, de onde partem as "ordens" que determinam as diferentes reações do nosso organismo.

    Classificação dos Receptores Sensoriais

    De acordo com a natureza do estímulo que são capazes de captar, osreceptores sensoriais podem ser classificados em:
    • Quimiorreceptores - Detectam substâncias químicas. Exemplo: na língua e no nariz, responsáveis pelos sentidos do paladar e olfato;
    • Termorreceptores - Capta estímulos de natureza térmica, distribuídos por toda pele e mais concentrado em regiões da face, pés e das mãos;
    • Mecanorreceptores - Capta estímulos mecânicos. Nos ouvidos, por exemplo, capazes de captar ondas sonoras, e como órgãos de equilíbrio;
    • Fotorreceptores - Capta estímulos luminosos, como nos olhos.
    De acordo com o local onde captam estímulos, os receptores sensoriais podem ser classificados em:
    • Exterorreceptores - Localizadas na superfície do corpo, especializadas em captar estímulos provenientes do ambiente, como a luz, calor, sons e pressão. Exemplo: os órgãos de tato, visão, audição, olfato e paladar;
    • Propriorreceptores - Localizadas nos músculos, tendões, juntas e órgãos internos. Captam estímulos do interior do corpo;
    • Interorreceptores - Percebem as condições internas do corpo (pH, pressão osmótica, temperatura e composição química do sangue).