Cientistas descobrem novas espécies bizarras em Papua

Um sapo verde brilhante com grandes olhos negros, aranhas e uma lagartixa estão entre as 50 novas espécies de animais encontradas pelos cientistas nas montanhas remotas de Papua Nova Guiné, cuja expedição colheu informações em julho e agosto de 2008. As descobertas foram anunciadas nesta quarta-feira pela Conservation International (CI) uma organização baseada em Washignton DC, que trata da conservação do meio ambiente. A equipe de cientistas que passou vários meses na Papua Nova-Guiné, analisou mais de 600 espécies animais, descobrindo um número grande de animais que ainda não haviam sido descobertos. As novas descobertas incluem:

Os anfíbios:

– Um exemplar marrom (Oreophryne sp) encontrado por Steve Richards, do Museu da Austrália do Sul, em julho de 2008. Este sapo foi encontrado nos montanhas de pedra calcária e pertence a um grupo de sapos bastante comum em florestas tropicais muito úmidas como as encontradas na Papua. Tem uma forte coaxada. Este exemplar como outros de sua família coloca seus ovos em folhas ou no solo de onde saem pequeninos sapos diretamente.

– Um sapo (Litoria SP) que descoberto, produz um forte som, como um apito, quando procura por companheiro para se reproduzir. Esta chamada é capaz de ser distinguida mesmo através do som de uma cascata bem próxima. Os sapos desta família podem ter aparências muito diversas e é o som que produzem que melhor pode identificar membros da espécie. Este coloca seus ovos embaixo de pedras em margens rasas.
– O maior sapo encontrado foi o (Nyctimystes sp) grande, com olhos negros num corpo verde e brilhante foi descoberto próximo as águas limpas de um riacho montanhoso. Este sapo, encontrado nas florestas tropicais da Nova Guiné, põe os seus ovos sob pedras nas margens de rios ou riachos. Seus girinos têm bocas grandes com grande potencial de sucção que eles usam para se agarrem às pedras e não serem levados rio abaixo.
Os pesquisadores da Conservation International que exploraram a região foram cientistas da universidade canadense da British Columbia, e da universidade estadual de Monclair no estado de Nova Jersey, assim como cientistas locais da Papua-Nova Guiné, liderados por Steve Richards.
Craig Franklin, professor de zoologia da universidade de Queensland ma Austrália, que estuda sapos, lembra que a descoberta da nova espécie de rã é bastante significativa; e que os anfíbios são “freqüentemente considerados como um excelente bio-indicador da saúde ambiental. Muitas vezes vemos declínio no número de sapos como ponteiro indicando uma interferência direta no meio ambiente.”
Entre os répteis, um belíssimo e único exemplar de lagartixa (Cyrtodactylus sp) foi encontrado na densa floresta de Tualapa. Esta lagartixa subia troncos de arvores cobertos por limo, em plena chuva tropical. Diferente da maioria das lagartixas, esta depende de unhas fortes e agudas para subir até as copas das árvores e se banquetear com insetos.


Diversos tipos de aranhas foram encontrados nesta expedição. Entre elas:
A aranha verde translúcida (Orthrus sp) que pula, encontrada por Wayne Maddison do Museu de Biodiversidade Beaty, da universidade de British Columbia no Canadá. As aranhas que pulam em geral conseguem pular uns 15 cm do chão, não têm patas longas para pular, porque seu pulo é acionado pela pressão do sangue – os músculos das pernas se contraem empurrando o sangue para as pernas que ficam em pé, produzindo então o pulo.

E também entre muitas outras a aranha (Tabuina varirata) encontrada numa árvore na floresta. Este aranha é ainda mais especial, porque não é só uma espécie diferente, ela também pertence a um gênero desconhecido. Pertence a subfamília Cacalodinae, um grupo distinto, que pertence unicamente à Nova Guiné. Nada se sabe sobre ela, exceto seu habitat.
Para mais informações sobre estas descobertas, visite o portal da Conservation International, clicando AQUI.