Sistema digestório - Pancreatite

Pancreatite é a inflamação do pâncreas.


O pâncreas é um órgão situado na parte superior do abdômen, aproximadamente atrás do estômago.
É um órgão com várias funções, sendo parte responsável pela produção de insulina e parte responsável pela produção de substâncias necessárias para a digestão dos alimentos.
A pancreatite pode ser aguda ou crônica.
Existem duas causas responsáveis pela grande maioria dos casos de pancreatite:
-os cálculos na via biliar
-o uso abusivo do álcool.

A bile, produzida pelo fígado, e as substâncias produzidas pelo pâncreas são levadas até o intestino por pequenos canais, e no seu final por um canal único para os dois órgãos
Quando um cálculo (popularmente chamado de pedra), formado na vesícula ou em qualquer parte desses canais, obstrui o fluxo para o intestino pode ocorrer um quadro de pancreatite.
A outra grande causa de pancreatite é o consumo excessivo de álcool. O uso crônico de quantidades excessivas de álcool pode levar tanto a episódios agudos de pancreatite como à própria pancreatite crônica.
Causas bem menos comuns de pancreatite são as produzidas por:
-certos medicamentos

-infecções virais como a caxumba

-traumatismo abdominal (graves acidentes de carro, por exemplo)

-excesso de funcionamento da glândula paratireóide

-excesso de triglicerídeos no sangue
-malformações do pâncreas

-exames com uso de contraste nos canais biliares e pancreáticos

Na pancreatite aguda o principal sintoma é dor abdominal. Geralmente é localizada próximo da "boca do estômago", podendo espalhar-se como uma faixa para os lados e para as costas. Náuseas e vômitos costumam ocorrer associados à dor.
Em geral se inicia subitamente e torna-se progressivamente mais forte e contínua.
Na pancreatite crônica, além da dor, pode haver diarréia com eliminação de gordura nas fezes.
Isso ocorre porque, a partir de um certo ponto, o pâncreas torna-se insuficiente na produção de enzimas necessárias para a digestão e absorção da gordura contida nos alimentos. Por esse motivo, nota-se diarréia de intensidade variável, podendo até ser muito intensa, com cheiro rançoso e contendo gordura, que parece como "pingos de azeite boiando na água".
A dor na pancreatite crônica pode ser permanente, necessitando de analgésicos potentes, ou pode aparecer em crises, geralmente provocadas pelo consumo de álcool.

Fonte: http://www.abcdasaude.com.br

Sistema digestório - Câncer de colo intestinal

O Câncer de intestino é um dos mais freqüentes tumores do tubo digestivo, sendo que a cada ano cerca de 160 mil novos casos são diagnosticados nos Estados Unidos e em torno de 57 mil desses pacientes morrem da doença. Nos países desenvolvidos, esse é um dos casos mais comuns de câncer. Está relacionada com dietas alimentares pobres em fibras. Na falta de fibras, o peristaltismo é mais lento, a mucosa intestinal fica mais tempo em contato com eventuais substâncias cancerígenas presentes nos alimentos.Está entre as principais causas de morte por câncer, considerando os de pulmão, mama na mulher e próstata no homem.No Brasil, este tipo de câncer está em quarto lugar entre os tumores mais freqüentes do sexo masculino, atrás apenas do câncer de estômago, pulmão e próstata. A doença começa sempre como uma lesão benigna que vai evoluindo lentamente até transformar-se num tumor maligno.
Assita este pequeno video que trata mais um pouco sobre este assunto.



Veja tambem:
- Sistema digestório

Sistema digestório


Características do Sistema Digestório


O tubo digestivo apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. A parede do tubo digestivo tem a mesma estrutura da boca ao ânus, sendo formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
Os dentes e a língua preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação, os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas. A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: doce, azedo, salgado e amargo.
A presença de alimento na boca, como sua visão e cheiro, estimula as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias.

Saliva e peristaltismo


A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). O sais, na saliva, neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH levemente ácido (6, 7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura ao lado), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago. Através dos peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do estômago

Estômago e suco gástrico


No estômago, o alimento é misturado com a secreção estomacal, o suco gástrico (solução rica em ácido clorídrico e em enzimas (pepsina e renina).

A pepsina decompõem as proteínas em peptídeos pequenos. A renina, produzida em grande quantidade no estômago de recém-nascidos, separa o leite em frações líquidas e sólidas.
Apesar de estarem protegidas por uma densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. O estômago produz cerca de três litros de suco gástrico por dia. O alimento pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e se mistura ao suco gástrico auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal. O bolo alimentar transforma-se em uma massa acidificada e semilíquida, o quimo.
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a parte mais importante da digestão.

Intestino delgado, suco pancreático e bile

O intestino delgado é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado, que apesar de não conter enzimas, tem a importante função, entre outras, de transformar gorduras em gotículas microscópicas.

Hormônios

Durante a digestão, ocorre a formação de certos hormônios. Veja na tabela abaixo, os principais hormônios relacionados à digestão:

  • Hormônio Local de produção Órgão-alvo Função

  • Gastrina Estômago Estômago Estimula a produção de suco gástrico

  • Secretina Intestino Pâncreas Estimula a liberação de bicarbonato

  • Colecistoquinina Intestino Pâncreas e vesícula biliar Estimula a liberação de bile pela vesícula e a liberação de enzimas pelo pâncreas.

  • Enterogastrona Intestino Estômago Inibe o peristaltismo estomacal

Absorção de nutrientes no intestino delgado

O álcool etílico, alguns sais e a água, podem ser absorvidos diretamente no estômago. A maioria dos nutrientes são absorvidos pela mucosa do intestino delgado, de onde passa para a corrente sanguínea.


Aminoácidos e açúcares atravessam as células do revestimento intestinal e passam para o sangue, que se encarrega de distribuí-los a todas as células do corpo. O glicerol e os ácidos graxos resultantes da digestão de lipídios são absorvidos pelas células intestinais, onde são convertidos em lipídios e agrupados, formando pequenos grãos, que são secretados nos vasos linfáticos das vilosidades intestinais, atingindo a corrente sanguínea.



Depois de uma refeição rica em gorduras, o sangue fica com aparência leitosa, devido ao grande número de gotículas de lipídios. Após um refeição rica em açúcares, a glicose em excesso presente no sangue é absorvida pelas células hepáticas e transformada em glicogênio e sendo convertida em glicose novamente assim que a taxa de glicose no sangue cai.

Absorção de água e de sais

Os restos de uma refeição levam cerca de nove horas para chegar ao intestino grosso, onde permanece por três dias aproximadamente. Durante este período, parte da água e sais é absorvida. Na região final do cólon, a massa fecal (ou de resíduos), se solidifica, transformando-se em fezes. Cerca de 30% da parte sólida das fezes é constituída por bactérias vivas e mortas e os 70% são constituídos por sais, muco, fibras, celulose e outros não digeridos. A cor e estrutura das fezes é devido à presença de pigmentos provenientes da bile.

Flora intestinal

No intestino grosso proliferam diversos tipos de bactérias, muitas mantendo relações amistosas, produzindo as vitaminas K e B12, riboflavina, tiamina, em troca do abrigo e alimento de nosso intestino. Essas bactérias úteis constituem nossa flora intestinal e evitam a proliferação de bactérias patogênicas que poderiam causar doenças.

Defecação

O reto, parte final do intestino grosso, fica geralmente vazio, enchendo-se de fezes pouco antes da defecação. A distensão provocada pela presença de fezes estimula terminações nervosas do reto, permitindo a expulsão de fezes, processo denominado defecação.

Fonte: http://www.webciencia.com/11_22digestao.htm